Tem algo bonito nos momentos que ninguém vê. Quando o vento entra pela fresta da janela e faz a cortina dançar como se fosse gente. Quando o café esfria enquanto a gente se perde em pensamentos bons. Quando uma flor nasce entre duas pedras sem fazer alarde. A vida tem seus fogos de artifício, é verdade. Mas quase tudo que realmente importa acontece em silêncio.
Entre uma louça lavada e uma música que toca de surpresa.
No cheiro da roupa limpa, no som da chaleira, no sol batendo torto no chão da sala.
A vida sussurra. E, se a gente não estiver com o ouvido atento, passa batido.
Aqui, nesse cantinho que chamei de Petricor, quero escrever sobre essas coisas.
As que não cabem num post rápido, mas moram na gente o dia todo.
O que sentimos e não sabemos dizer. O que vemos, mas quase nunca nomeamos.
Seja bem-vindo(a).
Aqui o tempo anda mais devagar.
E talvez, só talvez, isso seja tudo o que a gente precisa pra florescer.